O termo DISCURSO admite muitos
significados. O mais conhecido deles é do discurso como uma exposição metódica sobre certo assunto. Um conjunto de ideias
organizadas por meio da linguagem de forma a influir no raciocínio, ou quando
menos, nos sentimentos do ouvinte ou leitor.
De
acordo uma das leituras possíveis, DISCURSO é a prática
social de produção de textos. Isto significa que todo discurso é uma construção
social, não individual, e que só pode ser analisado considerando seu contexto histórico-social,
suas condições de produção; significa ainda que o discurso reflete uma visão de
mundo determinada, necessariamente, vinculada à do(s) seu(s) autor(es) e
à sociedade em
que vive(m).
TEXTO, por sua vez, é o produto da
atividade discursiva, o objeto empírico de
análise do discurso; é a construção sobre a qual se debruça o analista para
buscar, em sua superfície, as marcas que guiam a investigação científica. É
necessário porém salientar, que o objeto da análise do discurso é o
próprio discurso.
Tenha em mente que o correto uso dos
discursos pode influenciar na fluência da história e, consequentemente, no
sucesso com os leitores. Portanto, não deixe de conferir como cada discurso é produzido
e quais as melhores formas de utilizá-lo para ter um texto mais interessante.
CONTEXTO é a situação histórico-social de um
texto, envolvendo não somente as instituições humanas, como também outros
textos que sejam produzidos em volta e com ele se relacionem. Pode-se dizer
que o contexto é a moldura de um texto. O contexto envolve
elementos tanto da realidade do autor quanto do receptor — e a análise destes
elementos ajuda a determinar o sentido. Observe, por exemplo, a imagem a seguir. Perceba que, dependendo do contexto, ela vai assumir um sentido completamente diferente!
A interpretação de um texto deve, de
imediato, saber que há um autor, um sujeito com determinada identidade social e
histórica e, a partir disto, situar o discurso como compartilhando desta
identidade. Salientando que o texto só receberá esta nomenclatura (texto) se o
receptor da mensagem conseguir decifrá-la.
Geralmente supomos que o
nosso texto é original e único e que ele expressa apenas a nossa voz. Mas não é
assim não. Na verdade, não existe discurso inteiramente original, pois todo
discurso é uma resposta a outro.
Lembram a tira que estudamos em sala? Nela foi citado a história do Patinho Feio:
Outro exemplo em que se faz uma citação de um discurso anterior:
O primeiro texto faz intertexto com o segundo, porque a canção foi composta muito antes do quadrinho. Confira mais um exemplo de discurso citado, e nele pode-se encontrar também INTERTEXTUALIDADE, muito presente em anúncios publicitários:
Ao falar ou escrever, estamos sempre dialogando com outras vozes e outros discursos com os quais temos ou tivemos contato. Numa conversa cotidiana, por exemplo, quando damos um conselho que julgamos ser nosso, estamos quase sempre reproduzindo o que ouvimos de nossos pais, ou amigos, ou então lemos em um livro ou jornal.
TIPOS DE DISCURSO
Vamos
agora estudar a maneira com que o narrador "deixa" a fala de suas
personagens serem reproduzidas ou reproduz o que falam. São três os tipos de
discurso: direto, indireto, indireto livre. Entretanto, só iremos focar nos
dois primeiros.
No Discurso Direto,
a fala das personagens é reproduzida integralmente no discurso narrativo,
conservando sua forma de expressão: tempo verbal, pronomes, etc. Ele é
geralmente introduzido por travessão ou delimitado por aspas. Vamos a um exemplo desse tipo de discurso? (CLIQUE EM CIMA DA IMAGEM)
No Discurso
Indireto, a fala das personagens é reproduzida pelo narrador, o
que provoca nela alterações quanto a pessoa, tempos verbais e pronomes e o
emprego das palavras que
ou se. Confira como acontece a transformação do exemplo anterior (DISCURSO DIRETO) para o DISCURSO INDIRETO: (CLIQUE EM CIMA DA IMAGEM)
1) OBSERVE OS QUADRINHOS A SEGUIR.
O QUE AS PERSONAGENS PODEM ESTAR DIZENDO? INVENTE FALAS COERENTES COM A SITUAÇÃO DO TEXTO NÃO-VERBAL, EMPREGANDO O DISCURSO DIRETO.
2) AGORA, PASSE SUA
HISTÓRIA PARA O DISCURSO INDIRETO, FAZENDO AS ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS, DE ACORDO COM A TABELA A SEGUIR:
3) ATENÇÃO AO TEXTO ABAIXO. LEIA-O E EM SEGUIDA MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA:
a)
O fragmento não podendo mais procurar alimento por sua própria conta
(linhas 01 e 02) apresenta a causa da decisão assumida pelo leão.
b)
A narrativa contém apenas discurso indireto, aquele em que o narrador faz uma paráfrase
(ver significado) da fala dos personagens.
c)
O uso do subjuntivo em respondesse e
perguntasse (linha 07) denota a
mesma ideia de hipótese presente em “O que você faria se ganhasse na loteria?”.
d)
A partícula já (linha 05) denota temporalidade
relacionada exatamente a um momento presente, como em “Faça isso já, agora mesmo!”.
4) IDENTIFIQUE QUAL O TIPO DE DISCURSO PRESENTE NOS TEXTOS E DEPOIS FAÇA A SUA TRANSFORMAÇÃO PARA O OUTRO TIPO DE DISCURSO:
a) — Que crepúsculo fez hoje!
– disse-lhes eu, ansioso de comunicação.
—
Não, não reparamos em nada – respondeu uma delas. – Nós estávamos aqui
esperando Cezimbra.
(Mário Quintana)
b) A certo ponto da conversação, Glória me disse que desejava muito conhecer Carlota e perguntou por que não a tinha levado comigo.
c) Dona Abigail sentou-se na cama, sobressaltada, acordou o marido e disse-lhe:
— Sonhei que vai faltar feijão.
d) No noivado da sua caçula Maria Aparecida, só por brincadeira, pediu que uma cigana muito famosa no bairro deitasse as cartas e lesse seu futuro. A mulher embaralhou as cartas encardidas, espalhou tudo na mesa e avisou que se ela fosse no próximo domingo à estação rodoviária, veria chegar um homem que iria mudar por completo sua vida (...).
(Lígia Fagundes Teles, Os Melhores Contos, José Olímpio Editora)
UMA EXCELENTE ATIVIDADE!
Muito bom! Desejo que prospere em seu trabalho, que é útil e bem feito!
ResponderExcluiradoreiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii esse site
ResponderExcluirmuito bom. parabéns!
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