09 dezembro, 2013

RECUPERANDO NÃO SÓ NOTAS, MAS SOBRETUDO POSTURA DE ALUNO...

Quem acha que a imagem a seguir está correta e que reflete a realidade está enganado...


E está enganado especialmente porque esse que está pendurado numa forca não pode, na situação em que se encontra, ter domínio da situação, o que deixa de ser verdade... Meus alunos, a pessoa que está numa situação como a de vocês nada mais vai fazer, a não ser se dedicar mais e revelar esse coração acadêmico que todos vocês deveriam ter. Mas não se desanime! Tem mais pela frente... quero com você reconstruir esse finalzinho, porque "a casa não pode ser levantada" se você não me ajudar a levantá-la. Algo simples apenas na teoria? COM CERTEZA NÃO!


Basta atentar para a atividade a seguir e depois é garantido o espaço para você tirar suas possíveis dúvidas:

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1. (Fund. Carlos Chagas) O período seguinte foi pontuado de cinco formas diferentes. Leia-o e selecione a letra que corresponde ao período de pontuação correta, justificando sua escolha:
a – (  ) Prezados colegas deixemos agora a boa conversa, de lado!
b – (  ) Prezados colegas deixemos agora, a boa conversa de lado!
c – (  ) Prezados, colegas, deixemos agora, a boa conversa de lado!
d – (  ) Prezados colegas deixemos agora a boa conversa de lado!
e – (  ) Prezados colegas, deixemos agora a boa conversa de lado!

2. Na linguagem cotidiana observamos enunciados que isoladamente não possuem sentidos completos, mas são concebidos como frases. Diante disso, analise o diálogo a seguir comentando sobre esta ocorrência:
- Mãe, me leva ao clube?
- Levo.
-Que dia?
- Sábado.

3. Atribua o conceito de frase, oração ou período às lacunas a seguir, levando em consideração o discurso por elas apresentados:
a –Nossa! Que dia belo!
b –Preciso revelar-lhe um grande segredo.
c –Participamos da reunião, embora não tivéssemos sido convocados.
d –“E agora, José?
e –Durante a viagem, visitamos lindos lugares.


f - Não me peças para perdoar-lhe, pois ainda estou magoada.

4. Classifique em: (PS) Período Simples ou (PC) Período Composto. Grife os verbos e indique a relação estabelecida, se possível for:
a) (       ) Neste ano elegeremos nosso presidente.
b) (       ) O vira-lata latiu e espantou o quero-quero.
c) (       ) Poucas pessoas concordaram com nossa proposta.
d) (       ) Vocês falam muito e agem pouco.
e) (       ) Confie em você, brigue por suas ideias, seja persistente!
f)  (       ) Os políticos ganham muito, e o povo ganha pouco.
g) (       ) Ficou descontente com o resultado.
h) (       ) Aproximou-se do telefone, iniciou a ligação, mas desistiu.
i) (       ) Eu soube tudo antecipadamente.
j) (       ) Não escreverei nada nem darei entrevista.
k) (       ) Criança tem idade, faz aniversário, apaga velinhas.
l) (       ) O piloto crê muito em sua possibilidade de vitória.
m) (       ) Todos insistem, protestam, gesticulam.
n) (       ) Se tu a amasses, serias feliz.
o) (       ) A primeira folha do caderno estava amassada.
p) (       ) Ontem, meu amigo obteve um desconto nesta loja.
q) (       ) Ela deseja conversar, mas tem medo.
r) (       ) A simpática jovem é atriz.
s) (       ) Muitos confiaram em sua pesquisa.
t) (       ) Estudarei muito e passarei de ano.
u) (       ) Falou sobre suas viagens.
v) (       ) Vibramos, quando soubemos o resultado.

5. Os pares de período simples apresentados abaixo mantêm uma relação de sentido entre si. Transforme-os em um período composto. Para isso, empregue termos de ligação como :  e,  mas,  por isso,  pois. Veja um exemplo.

Ele ficou Feliz.  Sua invenção era um sucesso. -  2 Períodos Simples

Ele ficou feliz, pois sua invenção era um sucesso. - 1 Período Composto


a) Não gostei desse lugar. Vou embora.

 b) Ela foi rapidamente para o aeroporto. Não chegou a tempo.

 c) Mudou-se para outro país. Recebeu uma proposta irrecusável.

 d) Viajo de carro uma vez por ano.  Viajo de avião três vezes ao ano.


6. Leia este texto:
           
       Praias, baías e enseadas. Conquistas, batalhas e abandono.
       Fantasias, lendas e personagens. Fauna e flora. Não faltam elementos para narrar essa história tão rica e cheia de surpresas como o próprio protagonista: o arquipélago de Fernando de Noronha.
Bia Hetzel.
Fernando de Noronha. São Paulo: Prêmio, 1995.

a) Retire do texto as frases nominais:

b) Quantas orações há no último período? Justifique.

c) Como se classifica o último período: simples ou composto? 

7. Leia as tirinhas abaixo e responda às questões:

TIRA 1


a) Há frases nominais? .
b) Quantas orações há no 1º balão? . E no último balão? .
c) Classifique o período “Sonhei que você pegou o coelhinho da Mônica e deu um baita nó nas orelhas dele!”. 

TIRA 2


d) Encontre uma frase nominal e a escreva.
e) Quantas orações há no 1º balão? E no último balão?
f) Classifique o período “Comprou um vestido pra mim?” 

TIRA 3



g) Circule o(s) vocativo(s). .
h) Analise cada frase / oração / período da mesma forma como fizemos em sala.


Beijinhos e até a próxima aula!


26 novembro, 2013

MUDAR PARA MELHOR... e SEMPRE!

Olá, alunos! Hoje o dia tem um toque especial, tem um leve tom de despedida, mas não seria bom encararmos de todo assim, porque "despedida" geralmente nos leva a pensar em PERDAS, em TRISTEZA, em SEPARAÇÃO... Meu convite para o dia de hoje é uma reflexão: é pensar nos GANHOS que tivemos, é refletir com ALEGRIA sobre o que construímos de positivo neste ano letivo, é pensar em UNIÃO... Vamos parar para pensar?


O poema na verdade é uma canção, e é da autoria de Alice Ruiz, cujo título é "Penso e passo". Pelo nome que carrega, qual deve ser sua tônica, qual deve ser sua ideia central?

PENSO E PASSO

Quando penso que uma palavra
Pode mudar tudo
Não fico mudo
Mudo

Quando penso que um passo
Descobre o mundo
Não paro o passo
Passo

E assim que passo e mudo
Um novo mundo nasce
Na palavra que penso


Um excelente ano próximo! Uma excelente vida de mudanças... PRA MELHOR!!!




24 novembro, 2013

ATIVIDADE DE REVISÃO - ÚLTIMA AVALIAÇÃO

Alunos lindos que amo, esta talvez seja nossa última postagem do ano letivo, tendo em vista que já estamos na reta final do 8º ano 2013...  :(   Passou muito rápido, passou rápido demais!

Logo abaixo deixo uma atividade de revisão, para que possam exercitar um pouco mais sobre os conteúdos trabalhados e especialmente interpretação textual. Grande beijos a todos e sucesso nas avaliações!!! 


Quando era adolescente, eu andava com a franja do cabelo batendo no nariz. Parecia um cachorro lulu, mas me achava o máximo. Meu pai resistiu a tudo: ao som de Janis Joplin, à minha mania de desenhar girassóis nos cadernos, e só entregou os pontos quando me viu desbotando um jeans novinho com cândida.
Em nocaute por pontos, suspirou:
— Nada mais me espanta.
Reagi dedicando boa parte da minha vida a defender lances de vanguarda, como o uso de brinquinhos em orelhas masculinas quando isso era tabu. Sempre achei que nada me surpreenderia.
Pois fui visitar uma amiga cuja filha adolescente, de 14 anos, tem o rosto de um anjo de catedral, mas se veste de preto, como um morcego. Encontro as duas brigando.
— Quero fazer uma tatuagem e ela não deixa. Sorrio, pacificador. Aconselho:
— O ruim da tatuagem é que, se você se arrepender mais tarde, não sai.
A morcega explica: será inscrita em um lugar do corpo só possível de ser visto se ela mostrar. Tremo. Pergunto onde. A resposta alegre:
— Dentro da boca.
Repuxa os lábios como um botocudo e mostra o sítio designado: a parte frontal das gengivas. A mãe lacrimeja:
— Não, não. A bandeira do Brasil...
Eu e a mãe nos olhamos aparvalhados. Descubro que o símbolo pátrio virou moda. A morcega continua: quer porque quer ir a uma rua que reúne morcegos, mariposas e outros bichos nos fins de semana. Arbitro:
— Lá vão punks da pesada!
Ela zumbe, hostil, porque se considera punk da pesada. Reage:
— O movimento punk quer liberdade, só isso.
— Prendi você? — lamenta-se a mãe inutilmente.
Fico sabendo que os punks de bom-tom até andam, na tal rua, com cartazes dizendo: “Não quero briga” ou “Sou paz”. Também elegeram um templo: a danceteria Morcegóvia, no bairro Bela Vista. É lá que se encontram vestidos preferencialmente de escuro, com bijuterias de metal pesado, brinquinhos de crucifixo e uma enorme alegria de viver — só preenchida pelo som de rock pauleira. Digo, para me fazer de moderno:
— Sabe que fui ao show do Michael Jackson?
Ela torce o nariz. Odeia. Led Zeppelin, Sepultura, isso sim! Arrisco:
— Quem sabe você fica rica montando um conjunto chamado Crematório.
— Vocês (nós, adultos) só pensam em coisas materiais. A gente (eles, os punks) quer é saber do espírito.
Já ouvi isso em algum lugar. Eu dizia a mesma coisa e ficava furioso quando ouvia meus pais dizerem que, quando eu fosse mais velho, entenderia tudo que estavam passando comigo. Explico que concordo com as teses morcegas. Tenho apenas problemas em relação ao estilo. Olho para ela, de camiseta preta e jeans rasgado, e penso, como ficaria bonitinha num vestido de debutante.
Lembro de sua festa de aniversário: o bolo era em forma de guitarra, cinza. Em certo momento, a turma se divertiu atirando pedaços de doces uns nos outros, para horror das mães e avós presentes.
Subitamente desperto, descubro que a onda punk se espraia muito mais do que eu pensava.
Um dia desses vi um garoto pintado de três cores. O filho de uma vizinha usa dois brincos dourados, um rubi no nariz e cabelos tão cacheados que noutro dia o cumprimentei pensando que fosse a mãe dele.
A morcega me encara, pestanas rebaixadas, farta. Nervoso, reflito que devo estar ficando velho. Adoraria estar do lado da filha, para me sentir rejuvenescido. Toca a campainha, ela vai até a porta. Um rapaz alto, de cabeça inteiramente raspada, sorri, rebelde.
Observo um dragão tatuado em seu couro cabeludo. A mãe range os dentes, enquanto a filha sai nos braços de seu príncipe motoqueiro.
Eu e a mãe nos olhamos, tão nocauteados como foi meu pai. Sei que o rapaz trabalha, como a maioria dos punks. Mas onde? Não consigo imaginar o gerente do banco com um alfinete espetado nas bochechas.
São rebeldes apenas nas horas vagas, quando voam em seus trajes escuros pela noite? O careca bota peruca na hora da labuta?
A mãe me oferece um café. Exausta com o rodopiar das gerações. Já sabemos: vem mais por aí.
Olho para a noite e penso em todos os morcegos zunindo por São Paulo. Ser adolescente é difícil, mas... que saudade!

(CARRASCO, Walcyr. O golpe do aniversariante e outras crônicas. São Paulo: Ática, 1996. p. 64-6. Col. Para Gostar de Ler.)

1) O texto faz uma contraposição entre os valores dos jovens — isto é, seus princípios, crenças e comportamentos — e os valores dos adultos. Como a narrativa é feita em 1ª pessoa, o narrador também deixa transparecer seus valores. Como o narrador era na sua adolescência? E depois da adolescência, ele mantém suas convicções ou passa a ser conservador? Justifique sua resposta com uma frase do texto.

2) No 3º parágrafo, o narrador afirma: “Sempre achei que nada me surpreenderia”. O que o narrador demonstra ser, com essa frase: liberal ou conservador? Que palavra dessa frase já pressupõe que algo o surpreenderá no futuro?

3) O narrador se refere à adolescente e aos amigos dela fazendo uso de palavras que designam animais. Explique o sentido dessas comparações: 

a) “tem o rosto de um anjo de catedral, mas se veste de preto, como um morcego”
b) “quer ir a uma rua que reúne morcegos, mariposas e outros bichos nos fins de semana”

4) Na discussão com a mãe e com o narrador, a adolescente defende o movimento punk com dois argumentos. De forma resumida, quais são eles? A forma como a adolescente expõe esses argumentos demonstra que ela conhece profundamente as ideias punks, ou que ela provavelmente as conhece “por cima”, “de orelhada”? Justifique sua resposta.

5) O narrador finaliza com a frase: “Ser adolescente é difícil, mas... que saudade!”.

a) Na sua opinião, a quem se refere a dificuldade mencionada pelo narrador: ao próprio adolescente ou aos pais? Por quê?

b) Apesar das dificuldades, o narrador sente saudade dessa fase da vida. Levando em conta esse fato, quais das afirmações seguintes você considera corretas?

• A saudade revela que o narrador ainda aprecia a coragem e a ousadia dos jovens em querer alterar os valores e os comportamentos sociais.
• O narrador se identifica com as causas da juventude de hoje, mas a fase dele já passou; por isso, ele apenas sente saudade.
• O fato de o narrador sentir saudade de sua fase adolescente significa que, apesar de ter se tornado mais experiente e talvez até mais acomodado, ele reconhece o quanto é bom ser jovem e rebeldemente lutar por um ideal

6) No 1º parágrafo, o narrador, referindo-se a reações do pai diante dos seus comportamentos de adolescente, afirma: “entregou os pontos” e “Em nocaute por pontos, suspirou”. Explique o sentido das duas expressões destacadas.

7) A palavra pois é empregada normalmente em situações em que se deseja explicar alguma coisa
dita anteriormente. Por exemplo:

Não posso ir com você até lá, pois tenho um compromisso.
Note que a oração “pois tenho um compromisso” 

8) A palavra "pois" é empregada normalmente em situações em que se deseja explicar alguma coisa dita anteriormente. Por exemplo: "Não posso ir com você até lá, POIS tenho um compromisso." Note que a oração “pois tenho um compromisso” explica por que se disse antes “Não posso ir com você até lá”. Agora observe esta construção, do 3º parágrafo do texto:


Essa palavra foi empregada nessa situação com um sentido diferente do habitual. Qual das palavras abaixo poderia substituí-la, sem alteração de sentido? 

por isso - porque - até que - logo - uma vez que



Boa prova!!!


27 outubro, 2013

EXTRA, EXTRA!!! ÚLTIMOS PARADIDÁTICOS A SEREM LIDOS!!!

O ANO ACABANDO, E NOSSOS PARADIDÁTICOS TAMBÉM...

Estou postando aqui os últimos títulos do ano que iremos ler. Confira as sinopses:

LIVRO 1: A CULPA É DAS ESTRELAS (John Green)


Este livro é simplesmente IN-CRÍ-VEL!!! Só quem o leu sabe do que estou falando... Quem não o fez, fica só olhando ou então experimenta ter a leitura envolvente e tocante dessa história.

Para quem ainda não sabe, do livro vai se originar um filme. O link é este aqui: 


Para maiores e lindas informações, acesse o site do próprio livro:

LIVRO 2: AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL (Stephen Chbosky)
Aos alunos que optaram pela leitura deste livro, observe o que se diz sobre ele:


Espero que estas leituras sejam realmente aproveitadas como merecem: com muito gosto!!!

Boa viagem, boa leitura!



25 outubro, 2013

ATIVIDADE DE INTERPRETAÇÃO TEXTUAL

  • Você compartilha seus sonhos com seus pais?
  • Seus pais planejam o seu futuro?
  • Como é a sua vida de adolescente?
  • O texto que você vai ler agora é um artigo de opinião, ou seja, é um texto argumentativo em que o autor apresenta sua opinião a respeito de um determinado assunto. Considerando que o autor é um psicanalista que costuma escrever sobre o comportamento humano, qual pode ser o conteúdo do texto?
   "Não é nada de grave, mas você sabe como são as coisas, nós nos preocupamos com seu futuro..."  Há dois dias, essa mesma frase, quase literalmente, foi-me dita por pais diferentes. Eles tentavam comunicar assim sua angústia diante de uma guinada imprevista na vida dos filhos adolescentes.
    Acontece o tempo todo: os jovens se afastam das trilhas convencionais que deveriam levar a um pouco de tranquilidade econômica e social. E os pais sofrem e resistem. Eles perdem o sono, às vezes se desesperam ou, pior, reagem com violência repressora, produzindo tragédias ou armando bombas de efeito retardado.
  [...] Não é que os pais não entendam. Ao contrário, é frequente que a decisão do adolescente coincida com uma aspiração antiga do pai, da mãe ou de ambos - a retomada de um desejo ao qual eles renunciaram. Por exemplo, eles queriam tanto dar a volta ao mundo de barco a vela e acabaram no escritório de um banco. De repente, o filho ou a filha parecem querer compensar essa antiga desistência dos pais.
   O "nada de grave" com o qual começa a frase em itálico citada manifesta que os pais não condenam a escolha do adolescente. Afinal, como está subentendido, eles não são manequins para ternos cinza e tailleurs azul-marinho. Eles também preferiram outra coisa do que ao sossego. Eles também quiseram ser atores de teatro, poetas, escultores ou mochileiros. Seus devaneios foram e talvez sigam sendo exuberantes. A ponto de, às vezes, os pais, apesar de agoniados pela decisão do adolescente, mal esconderem uma espécie de satisfação, como se o jovem levantasse uma bandeira que eles, feridos pelas obrigações da vida, deixaram cair.
   [...] Os adolescentes propõem uma réplica que merece ser ouvida. Eles perguntam: por que vocês não esquecem um pouco o meu futuro? Por que não se preocupam com meu presente?
    Quando olhamos para as crianças, certamente imaginamos seu futuro e desejamos que seja radioso, mas nos importa também que elas sejam felizes hoje, não só amanhã. Com o adolescente, a coisa muda: parecemos conceber sua existência como uma longa véspera, uma espécie de cursinho. Na hora em que o jovem se desvia da estrada que desejamos para ele, quase perdemos a capacidade de enxergá-lo. No seu lugar, vemos apenas o fantasma ameaçador de um futuro comprometido.
    Ora, para o adolescente, a vida não é o futuro (calmo ou ousado que seja), a vida é aquela que ele está vivendo agora. Certo, todos cansamos de renunciar a desejos e prazeres em vista de um amanhã melhor. Mas acharíamos a experiência penosa, se não intolerável, se, como o adolescente, nos transformássemos numa espécie de cheque pré-datado, sendo vistos, amados ou receados apenas como a promessa do dia em que chegará a hora da compensação.
    Na maioria dos casos, as famílias acabam inventando compromissos entre os medos prudentes dos pais futurólogos e as decisões do adolescente revoltado que conclama: minha vida é agora. Mas há pais irredutíveis, que nunca admitem as escolhas arriscadas dos filhos. Provavelmente a rebeldia adolescente reviva neles antigas feridas dolorosas demais. As razões, às vezes, são mesquinhas, como nesta memorável observação de um pai preocupado com o filho: "Como ele quer sair viajando, quando eu desisti de dar a volta ao mundo logo porque sua mãe ficou grávida dele e tive que botar as mãos na massa?".
    Recomendo o exercício seguinte a todos os pais - e, em particular, aos pais intransigentes - na hora em que se preocupam com os efeitos futuros da rebeldia de um adolescente. Depois de bater na madeira e cruzando os dedos, perguntem-se: e se ele morresse amanhã? Se, por alguma razão, o futuro de meu rebento, que me atribula tanto, não viesse a ser? O que direi do tempo que ele viveu? Que não foi nada que valesse por conta própria, mas apenas uma espera interrompida antes que a vida começasse? 
(CONTARDO CALLIGARIS. Folha de S. Paulo, 12 abr. 2001)




1) "Artigo" é um texto produzido com o objetivo de defender um ponto de vista a respeito de um determinado assunto.



a) No primeiro parágrafo, o autor apresenta o assunto que irá abordar. É a introdução. Qual é esse assunto?


b) No segundo, no terceiro e no quarto parágrafos, o autor desenvolve suas ideias. É o corpo do artigo.
  • No segundo parágrafo, ele compara o olhar dos pais para as crianças e para os adolescentes, mostrando que os pais não enxergam o adolescente que não corresponde a suas expectativas.
  • No terceiro, afirma que, para os pais, a vida do adolescente é no futuro, e que, para os adolescentes, suas vidas acontecem no presente.
  • No quarto, afirma que a rebeldia dos adolescentes reaviva antigas feridas dos pais.
* A relação entre essas afirmações e o problema apresentado no primeiro parágrafo é de explicação, confirmação ou contestação? Por quê?

c) O último parágrafo é a conclusão do texto. De que maneira o autor conclui seu raciocínio?

2) Com base na (re)leitura do texto e na sua compreensão, responda:

a) Qual o objetivo desse texto?

b) A quem pertencem as opiniões do artigo?

3) Escreva sinônimos para as palavras destacadas, dependendo do contexto em que estão inseridas:

a) "Na maioria dos casos, as famílias acabam inventando compromissos entre os medos prudentes dos pais futurólogos  [...]"

b) "As razões, às vezes, são mesquinhas, como nesta memorável observação [...]"

c) "[...] e, em particular, aos pais intransigentes [...]"

d) "Se, por alguma razão, o futuro de meu rebento, que me atribula tanto não viesse a ser?"

4) Os pais se preocupam com os filhos, principalmente quando são adolescentes:

a De que "trilhas convencionais" os jovens se afastam e que trazem transtorno à vida dos pais?

b) A seu ver, como os pais deveriam agir quando os filhos "se desviam da estrada"?

5) Segundo o texto, os adolescentes às vezes fazem opções que não contribuem para que tenham tranquilidade econômica e social no futuro.

a) Quais são as causas que levam o adolescente a seguir um trajeto diferente daquele traçado pelos pais?

b) Qual é a diferença do tratamento dispensado pelos pais a crianças e adolescentes?

6) Se os filhos seguem outros caminhos que não aqueles esperados, os pais ficam angustiados em relação ao futuro dos jovens.


a) Na sua opinião, que consequências podem surgir dessa atitude dos pais?

b) Interprete o seguinte trecho:


7) Na visão dos pais, os filhos adolescentes vivem um longo período em que deveriam se preparar para a garantia de um futuro estável.

Para o adolescente, " a vida não é o futuro (calmo ou ousado que seja), a vida é que está "sendo vivida agora", O que você pensa sobre essa afirmação?

8) A pesar dos questionamentos dos filhos, alguns pais preferem impor suas decisões, tendo como justificativa a conquista de uma vida bem estruturada.

a) De acordo com o texto, que motivos levam os pais a valorizar mais o futuro do que a felicidade dos filhos no presente?

b) De que forma as escolhas dos filhos adolescentes despertam nos pais antigas lembranças?

9) Há pais que culpam os filhos pelas escolhas assumidas no passado. Que mensagem de vida o autor do texto transmite no final? O que você pensa sobre esse assunto?

10) Você concorda que o adolescente considera o presente mais importante do que o futuro? Explique.


Uma excelente atividade! 
Uma maravilhosa avaliação! Beijos

21 outubro, 2013

RESPOSTAS DA ATIV. DE TIPOS DE APOSTO


  • Copie todas as frases no caderno e em seguida, faça o seguinte:
1) Identifique o aposto, sublinhando-o:

  • Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça. - Explicativo
  • Alunos, professores, funcionários, ninguém deixou de lhes dar os parabéns. - Resumidor
  • Aprecio todos os tipos de música: MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc.. - Enumerativo
  • Dona Sônia servia o patrão - pai de Marina - menina que dava muito trabalho. - Explicativo
  • O professor José mora na rua Santarém, na cidade de Londrina. - Especificador
  • O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda. - Especificador
  • A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação. - Enumerativo
  • O pai sempre lhe dava estes conselhos: nunca empreste dinheiro a ninguém, nunca peça dinheiro emprestado e nunca fique devendo dinheiro a ninguém. - Enumerativo
  • A rua Augusta fica muito longe do rio São Francisco. - Especificador
  • Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, nenhum desses termos se refere ao Brasil. - Resumidor
  • Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico. - Oracional
  • Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca, não entraram na sala de aula após o intervalo. - Enumerativo
2) Escreva qual o tipo de aposto está presente em cada uma das frases.

ATIVIDADE - FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

Oi, gente!
Conforme combinamos, vamos nos dedicar agora ao estudo de frase, oração e período, dentro de sua situação ou contexto comunicativo. Entretanto, acho melhor darmos uma revisada...



Leia os textos abaixo e faça o que se pede:

TEXTO 1


TEXTO 2



Depois de se informar a respeito deste conteúdo e ler textos de dois 
gêneros, você já pode responder às questões a seguir. 
Vamos lá?


  • Marque a opção que melhor define o tema tratado no texto 1.

a. A busca dos País pela qualidade de vida.
b. O padrão econômico determina a felicidade e a qualidade de vida.
c. Há um grande interesse por parte de pesquisadores para conhecer sobre a qualidade de vida de pessoas no início da faixa etária.
d. A dificuldade em se definir e medir a qualidade de vida das pessoas, especialmente dos jovens.

  • O texto 2 representa o pensamento dos jovens acerca do tema "Qualidade de vida" (QV). Com base na "leitura" dele, escreva qual a conclusão que se pode tirar com a opinião do grupo entrevistado.
  • Caça-palavras: encontre as palavras que você pode relacionar à qualidade de vida, de acordo com os textos fornecidos:





Logo abaixo você irá encontrar duas tirinhas sobre o mesmo tema. Escreva todas as frases no seu caderno, separe-as e em seguida classifique-as quanto ao tipo de frase, quantas orações nela há e qual o tipo de período:




Boa atividade! :) 


08 outubro, 2013

O APOSTO E SEUS TIPOS

Alunos maravilhosos, segue atividade para reforçar o que temos feito em sala de aula:



  • Copie todas as frases no caderno e em seguida, faça o seguinte:
1) Identifique o aposto, sublinhando-o:

  • Ontem, segunda-feira, passei o dia com dor de cabeça.
  • Alunos, professores, funcionários, ninguém deixou de lhes dar os parabéns.
  • Aprecio todos os tipos de música: MPB, rock, blues, chorinho, samba, etc..
  • Dona Sônia servia o patrão - pai de Marina - menina que dava muito trabalho.
  • O professor José mora na rua Santarém, na cidade de Londrina.
  • O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda.
  • A vida humana se compõe de muitas coisas: amor, trabalho, ação.
  • O pai sempre lhe dava estes conselhos: nunca empreste dinheiro a ninguém, nunca peça dinheiro emprestado e nunca fique devendo dinheiro a ninguém.
  • A rua Augusta fica muito longe do rio São Francisco.
  • Vida digna, cidadania plena, igualdade de oportunidades, nenhum desses termos se refere ao Brasil.
  • Ela correu durante uma hora, sinal de preparo físico.
  • Alguns alunos, a saber, Marcos, Rafael e Bianca não entraram na sala de aula após o intervalo.
2) Escreva qual o tipo de aposto está presente em cada uma das frases.

03 outubro, 2013

NOVO PARADIDÁTICO NA ÁREA: "DEPOIS DAQUELA VIAGEM", de Valéria Piassa Polizzi

Queridos alunos, estamos de volta!!! Depois de tanto tempo, volto para dar boa notícias, para falar sobre este novo paradidático, que vai abalar muita gente, que vai fazer rir e chorar... E já tem feito isso com muitos alunos do 8º ano, não é mesmo?


O livro, que é "um diário de bordo de uma jovem que aprendeu a viver com a AIDS", fala sobre essa tão triste e real história , visto que a obra é uma autobiografia, e trata não somente dessa doença, mas também da adolescência. Igualmente discute sobre temas como a descoberta da sexualidade, o exercício da cidadania, preconceito, cultura, medo da morte, perspectiva profissional, relacionamento em família, namoro, futuro... 


Enfim, assuntos que afligem qualquer garoto ou garota nessa fase. Agora me diga: é ou não um livro perfeito para este momento do ano, já que estamos falando sobre nosso tema do bimestre:



Eis algumas informações interessantes sobre essa fase da vida humana:





Alguns alunos da turma C me perguntaram se a autora do livro - Valéria Piassa Polizzi - está viva ou se ela já morreu... Ah, vocês também querem saber? Basta conferir aqui:


O ANTES E O DEPOIS 


E outra informação que talvez seja importante para muitos visitantes é o próprio livro, disponível em pdf, para ser lido pela net ou como documento (e você pode salvá-lo!).


Espero que este pensamento seja a escolha de todos os meus queridos alunos, e que este período pelo qual estão passando seja a época em que devemos aprender... e MUITO!!! Beijos! :*


17 setembro, 2013

RESPOSTAS - ATIVIDADE "OS PORQUÊS DO PORQUINHO"


OS PORQUÊS DO PORQUINHO 

(Clóvis Sanches) 




Aconteceu na Grécia! 
Era uma vez um jovem porquinho, belo e bom, muito pequenino, cuja vida foi dedicada à procura dos PORQUÊS da floresta. Tal porquinho, incansável em sua busca, passava o dia percorrendo matas, cavernas e savanas perguntando aos bichos e aos insetos que encontrava pelo caminho todos os tipos de 
PORQUÊS que lhes viessem à cabeça. 
POR  QUE  você tem listras pretas se os cavalos não as têm? – perguntava gentilmente o porquinho às zebras. 
- Pernas compridas 
POR QUÊ / POR  QUE, se outros pássaros não as têm? indagava às siriemas, de forma perspicaz. 
POR  QUE isso? POR  QUE aquilo? 
Era um festival de 
PORQUÊS, dia após dia, ano após ano, sem que ele encontrasse respostas adequadas aos seus questionamentos de porquinho. 
Por exemplo, sempre que se deparava com uma abelha trabalhando arduamente, ele perguntava 
POR  QUÊ. E a pergunta era sempre a mesma: 
- Saberias, por acaso, 
POR  QUE fazes o mel, oh querida abelhinha? 
E a abelha, com seus conhecimentos de abelha, sempre respondia assim ao 
PORQUÊ
- Fabrico o mel 
PORQUE tenho que alimentar a colmeia. 
Mas a resposta das abelhas não o satisfazia, 
PORQUE eram os ursos os maiores beneficiados com aquela atividade. 
- Alguma coisa deve estar muito errada, 
PORQUE  eram os ursões que ficavam com quase todo o mel, sem ter produzido um pingo de mel.- pensava o porquinho. 
Então, valente como os porquinhos de sua época, seguia pela floresta à procura de ursões, fortes e poderosos, ansioso 
POR  QUE eles soubessem a resposta. Quando encontrava um, perguntava: 
- Senhor, grande e esperto ursão, poderias me dizer a razão e solucionar o 
PORQUÊ da questão? 
E alguns ursos, mais exibidos, até tentavam responder, 
PORQUE de mel eles entendiam muito, mas sobre trabalho... as respostas eram sempre do senso comum de ursão e não resolviam a questão. 
- Elas fabricam o mel 
PORQUE ele é muito gostoso. – diziam uns. 
- Elas o fabricam 
PORQUE o mel é delicioso. – diziam outros. 
Havia aqueles que se limitavam a olhar feio e, ainda, aqueles que até ameaçavam o pobre porquinho e iam embora, sem dizer 
POR  QUÊ. Apesar disso, o porquinho seguia em frente. 
Um dia - 
PORQUE  toda história tem um dia especial - o porquinho encontrou um oráculo em seu caminho e resolveu elaborar o seu mais profundo PORQUÊ.  Afinal, oráculo é para essas coisas. Então, ele perguntou com sua voz fininha, mas de modo firme e sonoro 
POR  QUE existo? 
Houve um profundo silêncio na floresta, e o porquinho pensou que aquele 
PORQUÊ nunca seria respondido, afinal. 
Mas de repente, o oráculo falou, estrondosamente, 
PORQUE era oráculo: 
- Procure o Sr. Leão, rei da floresta, e pergunte a ele 
PORQUE  você existe. Só ele lhe dará uma resposta adequada. 
Então, feliz, animado e saltitante, lá se foi o porquinho à casa do grande e sábio rei da floresta, carregando o seu também grande e sábio 
PORQUÊ
Ao chegar à casa do leão, o porquinho bateu à porta e, quando foi atendido por sua realeza, tratou logo de lascar o seu 
PORQUÊ mais precioso: 
- Sr. Leão, rei dos reis, sábio dos sábios, poderia Vossa Alteza me dizer 
POR  QUE existo? 
E o leão, 
PORQUE era leão, respondeu mais que depressa. 
Nhac. PORQUE  é o fim da história! 
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