O “Menino do Pijama Listrado”, em apenas 131 páginas,
narra a vida de um garoto de nove anos cuja infância está no auge dos seus
pensamentos e, como toda criança, brincar é o essencial. Bruno tem uma irmã de
doze anos, que é o oposto dele: mimada, chata e o mundo tem que rodar a seu
favor.
Bruno tem o que toda criança desejou: uma família,
brinquedos e amigos leais. Até que, certo dia, eles têm que se mudar de Berlim
para um lugar isolado, distante de tudo, e sua casa nova é cercada por uma
vegetação, então não existe ninguém morando por aqueles arredores, claro, a não
ser eles.
Ele, Bruno, tenta descobrir por todas as formas o
porquê de a família ter se mudado, mas o que o garoto sempre ouve é "Por causa do
emprego do seu pai, quando você crescer, irá entender."
Assim, é elaborado um jeito de fugir de sua casa
até o lugar destinado, passa por toda a vegetação e, a cada passo que ele dava,
estava decidido que iria encontrar algo "grande". E bingo: seu novo
amigo, Shmuel, nunca mais saiu de sua mente, e ali começava uma grande e forte
amizade.
O mundo em declínio por uma visão de um garoto de
nove anos, junto de seu amigo, não é algo que lemos todos os dias... Bruno tem
uma inocência e, ao mesmo momento, a justiça em suas palavras e ações; ele
desafia, quer desafiar a si mesmo e aos outros.
Outro ponto que também toca muito é a amizade! Uma
amizade sincera, sem interesse, nem trocas materiais; uma amizade que não tinha
a necessidade nem a obrigação de acontecer, surgiu de um modo extremamente
intenso.
“Não torne as coisas piores, pensando que dói mais
do que você realmente está sentindo.”
Alguns têm criticado a premissa do livro e do filme. Revendo o livro original, Rabi Benjamin Blech escreveu: "Nota ao leitor: Não houve meninos judeus de 9 anos de idade em Auschwitz - os nazistas gaseavam imediatamente aqueles que não tinham idade suficiente para trabalhar." Rabi Blech afirmou a opinião de um amigo sobrevivente do Holocausto que o livro "não é apenas uma mentira e não apenas um conto de fadas, mas uma profanação." Blech reconhece a objeção de que uma "fábula" não precisa ser factualmente precisa; ele responde que o livro banaliza as condições e contorna os campos de morte e perpetua o "mito de que os [...] não diretamente envolvidos podem alegar inocência," e, portanto, prejudica a sua autoridade moral. Aos estudantes que leem isso, ele alerta que o livro e o filme podem fazer acreditar que os campos "não eram assim tão maus" se um menino poderia realizar uma amizade clandestina com um prisioneiro judeu da mesma idade, desconhecem "a presença constante da morte."
Mas, de acordo com estatísticas do Serviço de Atribuição de Trabalho, Auschwitz-Birkenau continha 619 crianças vivas do sexo masculino de um mês a 14 anos de idade em 30 de agosto de 1944. Em 14 de janeiro de 1945, 773 crianças do sexo masculino foram registrados como vivendo no acampamento. "Os filhos mais velhos eram 16, e 52 tinham menos de 8 anos de idade. Algumas crianças foram empregadas como mensageiras do acampamento e foram tratadas como uma espécie de curiosidade, enquanto a cada dia um número enorme de crianças de todas as idades foram mortas nas câmaras de gás."
Caso você queira ter acesso ao filme, ao livro e ao audiobook, dá uma olhadinha nas informações a seguir, clicando nos links em destaque, logo abaixo de cada imagem. Talvez elas o(a) ajudem, tá? Beijinhos e aproveite esta incrível obra!
FILME
LIVRO
AUDIOBOOK
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